terça-feira, 26 de abril de 2005

Fotografia e cotidiano
por fábio caraciolo
Quando o primeiro homem conseguiu fixar a primeira imagem sensibilizada pela luz numa superfície, ele não imaginava em que aquilo se transformaria. Das grandes e desengonçadas câmeras escuras até as microcâmeras em celulares, a fotografia ganhou um espaço na vida do homem moderno que não pode ser tirado.

Alguns dados para parecer verdade: No Brasil, com uma população de quase 170 milhões de pessoas e pouco menos de 45 mil domicílios, estima-se que 66 milhões de brasileiros tenham uma câmera em casa. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Imagem (ABIMFI), circulam hoje no Brasil 24 milhões de câmeras fotográficas (22,4 MI de filme e 1,6 MI digitais).

É claro que a realidade de uma cidade grande é bem diferente desta sopa de números e letrinhas. Ao andar pelas ruas, a impressão que dá é de que há sempre alguém com sua compacta em punhos, pronto para disparar o flash. E nesta andança é que vem a dúvida: porquê as pessoas fotografam tanto?

O primeiro impulso é o de sair perguntando, mas a observação já dá algumas respostas. Há quem fotografe para guardar na memória as férias na praia. Há também quem fotografe achando que vai ganhar dinheiro. Tem o fotógrafo que não sabe pintar e “copia” do mundo o que é belo. Tem gente que fotografa compulsivamente, sem motivo algum. Tem quem fotografe porque quer fazer história, ou provar qualquer coisa. Há tantos tipos de fotógrafos e motivos quanto há modelos de câmeras disponíveis.

A fotografia tornou-se uma coisa tão comum e tão acessível que por vezes parece que perdeu aquela magia de antigamente. Uma fotografia já foi centro de ritos sociais. A família toda se reunia, colocava a roupa mais bonita e ficava horas esperando pelo clássico retrato. Hoje em dia poucos rituais de passagem contam com fotógrafos específicos. No dia-a-dia, para a foto da família no Natal, é só carregar o ISO 400 e mandar ver.

Além do barateamento do material para fotografia amadora, outro fator determinante para a popularização da fotografia foram as Minilabs. Pequenos laboratórios de revelação rápida, serviço barato e qualidade “padrão”. Ideal para todo tipo de gente que não tem tempo, encaixando-se perfeitamente na rotina acelerada do homem moderno.

Ainda que moderadamente, o processo digital sacramentou a fotografia no cotidiano das pessoas. A custo quase zero, ficou ainda mais fácil apertar o botão e sair capturando imagens a torto e a direito. Nos EUA, houve um aumento de 11000% do número de câmeras fotográficas digitais nos lares, em oito anos. Em 1996 eram 300 mil casas com digitais e a projeção para 2003 foi de 33 milhões. A pesquisa da Photo Marketing Association foi feita em 2002. Atualmente estes números devem ser bem maiores.

O cenário mundial é refletido regionalmente. Sinto que a fotografia avança e as câmeras fotográficas já são objetos obrigatórios nos lares. Quem é que não tem um porta-retratos ou um pequeno álbum de fotos 10x15? Quem é que nunca se aventurou a fotografar o “parabéns pra você” no aniversário do sobrinho? Quem nunca clicou que atire a primeira pedra.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Outro dia desses eu tava pensando (sim, eu penso!): "como seria viver sem internet"?

sim... porque eu não me lembro da época em que eu não tinha internet, apesar de isso ser há menos de dez anos. Quero dizer, eu me lembro sim dos remotos anos 90 (putz!)... mas são coisas (como jogar video game, jogar bola, ir pra escola) que até hj eu faço. Eu penso naquelas horas em que não tem nada, no horário entre seção da tarde e o BA TV... o que eu fazia??? porra! não consigo imaginar. Pra vocês verem como a internet mudou a minha vida, acho que se eu fosse obrigado a assistir "Como uma Onda" eu me mataria agora mesmo... eheheh...