segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Retirante News


Especial da Folha sobre a Grande São Paulo revela e o Destak desta segunda-feira repercute --->

Leia a reportagem completa:

Perfil do migrante muda na Grande SP

Pela primeira vez, os nordestinos deixaram de representar mais da metade dos forasteiros recém-chegados à região metropolitana

Migrantes do interior e de outros países passaram a ter presença maior na capital e no seu entorno, diz estudo de pesquisadores do Seade

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

Estudo feito por pesquisadores da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), do governo paulista, mostra que o perfil dos migrantes que se mudam para a Grande SP é diferente de 20 anos atrás.
A participação dos nordestinos teve uma queda acentuada nesse período, o que fez com que a proporção de migrantes do interior de São Paulo, de outras regiões do país e até do exterior aumentasse.
Apesar da queda, os nordestinos ainda estão longe de perder o título de maior grupo migrante que se fixa na metrópole paulista. Em 2006/2007, cerca 317 mil nordestinos disseram ter chegado à Grande São Paulo nos três anos anteriores.
O segundo maior grupo, os migrantes do interior do Estado de São Paulo, contabilizou 153 mil chegadas à metrópole.
No final dos anos 80, a Grande São Paulo recebeu perto de 12 mil migrantes vindos do exterior (1,3% do total). Mais recentemente, no período 2006/ 2007, ganhou cerca de 26 mil estrangeiros (4%).
Nesse grupo está Felippo Ferrantelli, 30, que nasceu no Caribe e se dividia entre a França e a Itália. Antes exportador de roupas européias para o Brasil, há dois anos ele se mudou para São Paulo e passou a importar as mesmas marcas.
"Como vivi sempre perto da praia, quis viver no Rio", diz. "Mas, por uma questão de trabalho, acabou tendo que ser mesmo São Paulo."
A metrópole brasileira assustou no começo. "Nem na Europa, nem na Ásia, nem em nenhum outro lugar eu tinha visto um trânsito como esse."
No mesmo grupo está a boliviana Filomena Laime, 37, que chegou a trabalhar 18 horas por dia em confecções clandestinas da capital. "Mesmo a gente passando tudo o que passou, valeu a pena ter vindo", diz ela.
O estudo, feito com base nas pesquisas de emprego e desemprego que a Fundação Seade realiza mensalmente na região metropolitana, não determina, ao contrário do Censo, quantas pessoas saíram da Grande São Paulo.
(ANTÔNIO GOIS, WILLIAN VIEIRA E RICARDO WESTIN)

Paraíso Astral


A vida tem dessas coisas. Há quem diga que o mês que antecede o nosso aniversário é marcado por problemas, confusões e essas coisinhas que resultam no chamado "inferno astral". Não sei se é só comigo ou se rola com mais gente, mas vivo o verdadeiro Paraíso Astral entre os dias 29 de setembro e 29 de outubro, dia em que sopro as velinhas...

E nesse ano, para não fugir à regra, ganhei um presente antecipadíssimo... e ainda pequenos detalhes que iluminaram o dia... como na foto acima, do céu limpo e azul em São Paulo, fazendo o Tietê cintilar e um calorzinho generoso...

Como dizem pelo lado de lá do Atlântico, estou em grande... e feliz!

Que venham mais 30 dias de pura alegria...

sábado, 27 de setembro de 2008

Vidas Secas - Baleia, a companheira do retirante

"Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

Deu estalos com os dedos. A cachorra Baleia, aos saltos, veio lamber-lhe as mãos grossas e cabeludas. Fabiano recebeu a carícia, enterneceu-se:

-Você é um bicho, Baleia"
(Vidas Secas, Graciliano Ramos)

--> E Baleia é a vida para qualquer retirante... sinto falta de uma Baleia em casa

Aproveitando o comentário de minha mãe, ouçam Samarica Parteira, música sensacional de Luiz Gonzaga... um causo do Sertão... não tem Baleia, mas tem Cruvina!



quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Retirando na José Paulino

Bem... há séculos moro em São Paulo e NUNCA tinha ido à famosa rua José Paulino, no Bom Retiro. Então nesta quinta-feira foi dia de me aventurar pelas bandas da Estação da Luz, matar a curiosidade sobre a "Zepa" e ainda comprar meia dúzia de muambas na Santa Ifigênia (post que fica para um outro dia).

A história começa quando resolvi acompanhar minha sogra, que ia APENAS trocar uma blusinha... o resultado? Veja no vídeo e nas fotos...



Mas o verdadeiro motivo que me fez levantar cedo e correr para a José Paulino foi pq me falaram que lá tinha um marco que indicava o local onde nasceu o Sport Club Corinthians Paulista, ou Curintia, para os manos...

Procurei, procurei, procurei... e achei esse pedacinho de concreto pintado de preto onde uma animada vendedora de óculos escuros estava sentada... Não tinha nenhuma plaquinha, nenhuma indicação... nada!

Ai pensei: "eu nem gosto do Corinthians, mas acho que merece algo melhor do que a bunda de uma ambulante em seu marco zero".

Mas, tudo bem... aprendi há tempos a dizer que "aqui é Curintia, dom..." e eu aceito.

Outro dia, mais detalhes sobre a Zepa e o centro de São Paulo... estou devendo um passeio de verdade por lá.

Edifício Santa Josefa

A pedido de uma moradora do prédio, corrijo algumas informações no post.

Cortiço Santa Josefa - Bom Retiro - São PauloEste prédio branco é o Edifício Santa Josefa, no Bom Retiro, em São Paulo. Chegaram a classificá-lo com nomes que nem ouso repetir. Mas é um prédio de família.

Tive vontade de saber um pouco como é por dentro. Mas a vontade passou.

Certamente moram aí vários trabalhadores e pessoas de bem.


terça-feira, 23 de setembro de 2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

DJ Retirante no Blip.fm

É... não teve jeito... não resisti ao Blip.fm e resolvi colocar um pouquinho da beleza da música baiana por lá.. Prometyo mostrar o melhor e o pior do que meu povo produz... e olha que até o pior é bem bacaninha, viu? ehhhee

As ladeiras de São Paulo

Quem vem de Salvador carrega no fundo da alma a capacidade de entender as ladeiras. Ladeira da Montanha, Morro do Gato, Alto de Ondina, Pelourinho (na foto, pescada daqui), Subida do Cristo, Colina Sagrada... o prefixo pode mudar, mas tudo quer dizer que tem que ir pra cima e pra baixo, assim como é na vida, e não adianta tentar fugir.

Aqui em São Paulo essa história de ladeira parece estar mais difuso, perdido no meio de tanta poluição, trânsito, arte de rua, bairros, bairros e mais bairros. Veja bem... a Av. Brigadeiro Luis Antônio sobe um super-morro e chega à Paulista... mas nem parece... as ruas dos Jadins, em geral, são assim, apontando para a grande avenida lá em cima... mas não é a mesma coisa. E o retirante sente falta das ladeiras de verdade.

Esses dias fui pegar Tássia nos limites da Vila Madalena com Perdizes e Pompéia, lugar doido que só paulistano consegue determinar que bairro é exatamente, e me deparei com um pedacinho das ladeiras da Bahia na paulicéia.

Descendo a Apinajés em direção à Sumaré... aquela descida looooonga, sem pressa, que desenbocava lááááá longe e deopis subia quase até o céu. Salvador é assim mesmo. Com direito a árvores, bicicletas e, na maioria das vezes, poucos carros. Sim... aqui dá pra matar a saudade!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dois retirantes na Pinacoteca

Nesta quinta-feira, depois de mais uma consulta com meu ortopedista, fui encontrar com Tássia para mais um passeio de retirantes em São Paulo. Não tínhamos nada planejado e resolvemos dar um pulo na Pinacoteca.

Das três exposições novas que vimos, somente uma me agradou. Foi a Diário de bolsa: Instanâneos do Olhar, da fotógrafa e artista plástica Vânia Toledo. As fotos não são lá um espetáculo por si só... mas as pessoas que aparecem nelas (e a forma como aparecem) são incríveis! Tanto que a gente não resistiu e teve que interagir, como bons novos baianos da internet.
Apesar das MUITAS diferenças, tenho algumas semelhanças com o velho amigo Caê... nessa imagem, nós dois aproveitamos um fim-de-tarde para apreciar cultura. Ele num cima do Rio na década de 70 com camisa Vogue. Eu na Pinacoteca em São Paulo, com camisa Nike. Sinal dos tempos.

Tassinha também não resistiu ao charme do filho de Dona Canô e posou ali, bem ao lado dele...
Mais sobre a exposição:
Diário de bolsa: Instantâneos do olhar 
Exposição com cerca de 120 imagens inéditas produzidas durantes os anos 70 e 80 pela artista plástica Vânia Toledo. A curadoria é de Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca. 
De 30 de agosto a 26 de outubro de 2008
Ah! Descobri que eles estão tão bem de grana que até colocaram a clássica obra de Duschamps no banheiro masculino do andar de entrada. Se não era o original, era bem parecido, viu? Veja!!! ehhehehe

Um dia para lembrar

11 de Setembro é daqueles dias que a gente não vai esquecer nunca. Sempre rola aquela história: "onde eu estava? o que eu fazia? como era minha vida?".

Aqui na lojinha resolvemos abordar o assunto de outra forma esse ano... e pedimos para os usuários publicarem suas fotos no World Trade Center e criar um tipo de memorial ao 11 de Setembro. Bem... tomara que vingue!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Acarajé Day - Limônicos e agregados

Nesse sábado eu e Nessa recebemos os limônicos e agregados lá em casa. O objetivo era mostrar o ap para a turminha e também comer o máximo de acarajés e abarás. Tanto quanto coubesse no estômago.

Veja mais fotinhas aqui: http://flickr.com/photos/bito/2840659791/in/set-72157606208201477/

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Air-Jesus

Uma das coisas mais doidas de viver aqui em São Paulo é ser surpreendido com comentários fashionistas.

Cá estava eu, chegando ao trabalho calçando meu par de air-jesus e uma menina fala no elevador: "Nossa, que legal sua sandalia de couro. É da stgrafstrudens*".

E eu respondi: "Não. É da feira do couro, ali na frente da igreja da Barroquinha, em Salvador".

E a conclusão: "Nossa! Eles copiam os modelos lá, é?"

Tsc tsc...

*não sei o nome da marca doida que ela falou

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O Retorno do Retirante - Parte 1


Bem... na sexta-feira, depois de 5 semanas, fui liberado para voltar a digitar, depois de tirar os pontos da cirurgia. Isso quis dizer que fui liberado para voltar ao trabalho. Não vou mentir que estou bem animado com isso, principalmente pq terei com quem conversar um pouco que não seja atendente de telemarketing ou a Sra. Retirante (não que conversar com ela seja um problema para mim, mas deve ser para ela :P)

Além disso, a boa notícia é que já consigo flexionar os dedos quase que 70%... isso é bastante coisa para quem achava que ia ficar em posição de "tchauzinho" a vida toda! Já até posso arriscar um sinal de positivo :D

FELIZ!