quarta-feira, 31 de outubro de 2007

"Já vooooou embora...."

Nesta quinta-feira é meu último dia de iG. Tudo bem que 5 meses não parece muita coisa, mas é.
...
Apesar deles não acreditarem, sentirei muita falta das "galinhadas" e "baianadas" na redação, das bundas na home e dos "clicks, clicks, clicks"...
...
Além dessa fotinha ao lado, dois momentos marcantes em vídeo abaixo... "mas sei que vou voltaaaaaar, ô ô..."





quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Retirantes Imigrantes


Já está aberta ao público a exposição “Hospedaria dos Imigrantes do Brás”, o marco principal da celebração dos 120 anos da casa que recebeu cerca de 3,5 milhões de imigrantes (e retirantes) de mais de 70 países entre os anos de 1887 e 1978.

A exposição é linda e impressionante. Eu fui conferir a “entrega” para imprensa e convidados na noite desta terça-feira.

Clique aqui para ler a matéria e ver a galeria de fotos que fiz para o Último Segundo



Na parede os nomes de 10 mil famílias que foram registradas na Hospedaria. Ao todo foram mais de 2 milhões... Os computadores instalados permitem a consulta ao banco de dados com informações sobre toda essa gente...

Claro que procurei por minhas referências... os Caracciolo também passaram pela hospedaria, vindos da Itália...


Para receber o público uma apresentação do Coro de Câmara da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, no piso superior do Memorial, com a regente Naomi Munakata. Emocionada, ela disse: “eu e meus pais somos imigrantes e fazemos parte desta história. É uma oportunidade especial para mim estar aqui, obrigado”.


Visitantes admiram fotos e objetos de imigrantes que chegaram ao Brasil fugindo da guerra e da falta de emprego na Europa e Asia.

Maleta de couro italiana da década de 1940

Igor Santos, de apenas 4 anos, inquieto ao ver o projetor que exibia filmes para os imigrantes na Hospedaria.

Cartão-postal revela sentimentos e reflexões dos imigrantes ao chegarem ao Brasil. A exposição também tem passaportes, certificados de inspeção sanitária, bilhetes de passagem e outros documentos referentes ao processo migratório.


Livro de contas e registros da Hospedaria dos Imigrantes. Por lá passaram mais de 3,5 milhões de pessoas e mais de 2 milhões de famílias de diversas partes do mundo.


Fotos em backlight e objetos da época da construção da Hospedaria, como um tijolo, uma telha, um piso, um bebedouro, uma viga de madeira e o mastro principal.

Depoimentos de diversos imigrantes que chegaram ao Brasil ainda jovens e lembram das histórias da viagem e da Hospedaria. Imperdível!

Memorial do Imigrante

Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 - Mooca - São Paulo
Abre de terça a domingo, das 10h às 17h, inclusive feriados
R$ 4 e meia-entrada, grátis no último sábado do mês e para maiores de 60 e menores de 7 anos
Tel: (11) 6692-1866

Um pouco de história

As Hospedarias no mundo

Entre o século XIX e a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), os deslocamentos populacionais ganharam uma magnitude até então desconhecida. De 1820 até 1914, migraram para o continente americano aproximadamente 50 milhões de pessoas. Novas, maiores e mais complexas estruturas de alojamento para o crescente fluxo de população que se dirigia para a América eram necessárias.



As Hospedarias de Imigrantes, construídas a partir da segunda metade do século XIX, cumpririam uma função de destaque na dinâmica dos deslocamentos populacionais. Em ambos os lados do processo migratório – saída (emigração) e chegada (imigração), elas foram os locais para a expedição ou aferição de documentos, controle médico-sanitário, registro e encaminhamento para local de destino.

Criadas num contexto em que a necessidade de coordenação dos fluxos migratórios pelo Estado era fundamental, as Hospedarias tiveram um importante papel nas políticas oficiais de imigração e emigração.

Os emigrantes saiam predominantemente das Hospedarias dos portos de Kobe, no Japão, de Hamburgo, na Alemanha, e de Gênova, na Itália, portais de embarque para o Novo Mundo. Uma nova vida que, em solo estrangeiro, começaria nas Hospedarias de recepção de imigrantes. Dentre elas, destacavam-se:

- Hospedaria de São Paulo (1887-1978)
- Hospedaria da Ilha das Flores (1883-1966)
- Hospedaria de Buenos Aires (1911-1953)
- Hospedaria da Ilha de Ellis, em Nova York (1892-1954)

A Hospedaria do Brás e o ciclo do café

Em 1906, foi anexada uma construção a direita do prédio principal, que passou a servir à Agência Oficial de Colonização e Trabalho. Considerada uma inovação na época, a Agência encaminhava os imigrantes aos locais de trabalho, de acordo com suas profissões.

Na foto acima, grupo de imigrantes portugueses na frente da Hospedaria de Imigrantes do Brás, em São Paulo.


A Agência Oficial de Colonização e Trabalho estava ligada às atividade s de encaminhamento dos imigrantes ao seu destino no interior do Estado de São Paulo. Funcionava nas dependências da Hospedaria num prédio separado do conjunto principal do edifício. Era de fácil acesso, tanto aos imigrantes alojados na Hospedaria quanto aos fazendeiros que traziam seus pedidos de mão-de-obra. Era uma das poucas edificações da Hospedaria que possuía uma ligação direta com a Rua Visconde de Parnaíba.

Sala da exposição que tem objetos e textos relacionados à atividade administrativa da hospedaria

A Agência possuía exclusividade na intermediação entre fazendeiros e imigrantes e era dividida em duas seções. Uma delas funcionava como agência de colocação de trabalhadores e onde eram celebrados os contratos entre fazendeiros e imigrantes. Em outra seção, eram feitos os contratos de distribuição e compra e venda de lotes em núcleos coloniais. Em ambos os casos, os contratos eram definidos na presença de um funcionário da própria Agência e lá registrados. O imigrante recebia uma caderneta autenticada, na qual eram definidos os termos do contrato de trabalho ou concessão de terras. Em 1911, teve seu nome alterado para Agência Oficial de Colocação.

Na Agência haviam grandes quadros-negros, onde eram afixadas as ofertas dos fazendeiros e os lugares onde se podia encontrar colocação, com a indicação das respectivas distâncias. Um mapa do Estado de São Paulo servia para esclarecer a situação dos locais de trabalho.

- informações da exposição "Hospedaria de Imigrantes do Brás"

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Retirantes no Terraço Itália


Se você precisa de um lugar para fazer "aquele" pedido, ou quer fisgar de jeito "aquela" mulher, o Terraço Itália é P-E-R-F-E-I-T-O!

O edifício Itália é um dos mais altos de São Paulo e fica na Praça da República (av. Ipiranga), no centro da cidade. Tem 165 metros de altura, 46 andares e 19 elevadores. O mais alto é o Mirante do Vale com 170 metros. Para chegar ao terraço, você precisa usar dois desses elevadores. No segundo já me deparei com uma cena inusitada. O ascensorista lá no cantinho e só de meias, sem sapatos. Não resisti e comentei... "roubaram seu sapato, rapaz?" E ele respondeu: "me desculpa, meus pés estavam doendo". eh eh eh... Esse era o tipo de coisa que eu achava que "só se vê na Bahia..."

Bem, voltando ao Terraço, é tudo um pouco caro, realmente. Mas eu posso garantir que vale a pena! São 15 por pessoa só para ficar lá... mais as bebidas e o estacionamento (se for de carro, claro) o programa não sai por menos de 50 reais.



O bar é bem retrô, romântico que pode beirar o brega a depender do quão mau-humorado você seja. Tem um piano no centro, vários sofás e poltronas e uma vista maravilhosa! Maravilhosa mesmo! Fiquei lá embasbacado com tudo aquilo.


Confesso que nem tive coragem de entrar no restaurante... eheheh... salário de jornalista não é lá essas coisas!

Do lado de fora, um varandão que dá um panorama generoso da cidade que não tem mais fim. Dá pra ver quase tudo. O vento e o frio podem atrapalhar um pouco, mas é só ir preparado. Para quem gosta de fotografia, dá pra brincar bastante...

Um pouco de História

O Edfício Itália foi construído na década de 40 do século passado, período de uma intensa urbanização na cidade de São Paulo. Ali do lado fica o Copan (foto abaixo), mas esse fica pra um outro post aqui no Retirante!



Quer saber um pouco mais da história desse ponto turístico? Veja AQUI!

Agora outras fotinhas: eu e "aquela" mulher...




A câmera na beirinha do pára-peito e eu e Nessa fazendo fotos para a eternidade...

Não resistimos a um espelho... cada um com seu motivo, claro... eheheh...

Deusa Coroada... dona da cidade e do meu coração...
"dona da minha cabeça, ela vem como o carnaval..."

Da série: eu já vi esse filme

Na minha terra quase não tem futebol. Quer dizer, até tem, mas é tão maltratado que chega a ser triste. Particularmente, meu caso é ainda mais triste já que eu torço pelo Bahia.

Ontem eu estava de plantão no iG e sintonizado pela internet na rádio Sociedade Am de Salvador... ouvia (ou sofria?) o jogo do Bahia contra o Fast Club do Amazonas.

Resumo? O Bahia precisava vencer essa forte potência do futebol amazonense e torcer para ABC e Rio Branco do Acre pelo menos empatarem. Pode uma coisa dessas?

O fato é que o Bahia só conseguiu seu gol aos 50 minutos do segundo tempo, num feito bem ao estilo Raudinei.

Foto: Eduardo Martins / A Tarde - Não sei como Tony Carneiro, esse repórter da direita, com o colete laranja, agüenta cobrir o Bahia... eu pulei fora depois de três anos... - veja a matéria e as fotos do jogo aqui


E eu já vi esse filme mesmo! Agora a diretoria já pensa nas cotas de televisão da série B, os jogadores já pensam em transferência para a Europa e a torcida já pensam em bater os recordes de público e renda das Séries A, B e C... é bem nessa hora que todo mundo esquece que semana que vem já tem jogo contra o CRAC... ai danou-se!

É que lá em Salvador as coisas funcionam mais ou menos assim: o Bahia tá na terceira divisão e acha que tá na segunda... o Vitória tá na segunda divisão e acha que tá na primeira... e no mundo real tudo evolui, menos o futebol lá na minha terra...

E eu só ouvindo pelo rádio....