Mais uma mensagem para o mar...



Um dia passa, uma semana passa... o tempo vai passando e, ao contrário do que dizia Camões, nada muda. Os tempos são os mesmos, as vontades ainda são as mesmas vontades. O ser, coitado, permanece em sua perturbada solitude. A esperança, que deveria tirar umas férias, continua firme e forte...



Esse mundo composto de mudanças não é o meu mundo, não mesmo. As coisas por aqui se repetem insistentemente e não há previsões de tempos melhores. Vai gente, chega gente e o coraçãozinho fica na mesma... os amigos continuam amigos (bons amigos!)... as pedras no caminho continuam no caminho...



Um dia eu vou ter coragem suficiente pra me levantar dessa cadeira, terei sim... mas queria que tudo mudasse sem que eu precisasse me esforçar, será que pode? Disseram que não. Quem vai saber? Eu to pagando pra ver...

Depois de Minnie Driver, Marila Confeiteira, Dayana, Lucy Liu e Catharin Zeta-Jones, mais uma para a galeria "mulheres mais lindas de cara de bolacha do mundo":



Julia Stiles

fotos fotos fotos e mais fotos



Eu tenho que deixar de ser cara-de-pau e voltar a gastar dinheiro com fotografia. Fiz essas fotos aqui em casa, testando um pouco antes de começar um ensaio legal à luz de velas... separei três fotogramas apenas... sou um pão-duro mesmo, imagine se eu tivesse mais filme? sairiam coisas bem melhores... mas tudo bem...

Ouvi muito dizer o seguinte: "chega uma hora na vida em que temos que escolher entre ser Chico ou ser Francisco!"



Nunca pensei que fosse tão verdade e, muito menos, que eu teria que fazer tal escolha.



Desde pequenininho (e olha que tenho mais de 1,80m) me chamam de Bito. Em todo lugar, em todo tipo de relação, depois de um mês de convivência mais próxima, o povo esquece meu nome de verdade e o Bito toma conta do pedaço. Sempre gostei dessa marca, desse nome "logotípico". Não é muito raro mas é tb não é comum. Bito, sou eu e mais uns 5000... ehehhe num mundão de 6 bilhões, tá valendo...



Só que nem sempre (e nem em todo lugar) "Bito" é usual. É engraçado, por exemplo, ligar pro meu banco, pra falar com minha gerente e dizer: "Diga a ela que aqui é Bito". Logo vem a pergutna cretina: "Quem?! Vitor?". E tem outras coisas também... Bito é apelido, sempre foi e sempre será... e só chama pelo apelido quem tem intimidade para tanto... uma amiga já discutiu isso comigo uma vez. Meu nome é "Fulano de Tal"... não é "Fufu"... não é "Tato"... não é "Coisa fofa"... é "Fulano de Tal" e pronto.



Estou escrevendo não é pra brigar com alguem... não é pra que deixem de me chamar do jeito que for (até pq tem gente que me chama de tudo quanto é jeito... é Fabation, é Bito, Bitot, Bitonga, Fabinho, Binho, Tartaruga, Turttle, Zé, Fábio, Teles, Caracioloinho, Sr. Ariza, Jerry, Pink, aquele-menino-de-camisa-polo...) Escrevo aqui pra tentar me acostumar com meu nome de verdade, ou melhor, com o nome que vai me identificar daqui pra frente...



E por tanto, fica aqui uma linda música (que está ai tb pelo dia de combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes!)



GENTE TEM SOBRENOME (Do disco "Canção dos direitos das Crianças" - música de Toquinho)



PRINCÍPIO III - "A criança tem direito à um nome e a uma nacionalidade."



Todas as coisas têm nome

casa, janela e jardim,

coisas não tem sobrenome

mas a gente sim.



Todas as flores têm nome

rosa, camélia e jasmim,

flores não tem sobrenome

mas a gente sim.



O Chico é Buarque,

o Caetano é Veloso,

O Ary foi Barroso também.

Entre os que são Jorge

tem um Jorge Amado

e um outro que é o Jorge Bem.



Quem tem apelido

Dedé, Zacharias, Mussum

e a Fafá de Belém,

tem sempre um nome

e depois do nome

tem sobrenome também.



Todos brinquedos têm nome

bola, boneca e patins,

brinquedos não tem sobrenome

mas a gente sim.



Coisas gostosas tem nome

bolo, mingau e pudim,

doces não tem sobrenome

mas a gente sim.



Renato é Aragão o que faz confusão

Carlitos é o Charles Chaplin,

e tem o Vinícius que era de Moraes

e o Tom brasileiro é Jobim.



Quem tem apelido, Zico, Maguila,

Xuxa, Pelé e He-Man,

tem sempre um nome

e depois do nome

tem sobrenome também.

Quando saí do carro, oito horas da noite, e fui entrando naquele pátio escuro, senti um frio na barriga de dar dó. Cheguei na portaria e os seguranças assistiam, na Globo, a novela. A única coisa iluminada era o enorme nome azul, na entrada do prédio.



Lá estava eu, de camisa polo, calça jeans e tênis. Bolsa preta do lado do corpo, com um caderno e um currículo "de nada". Caminhei com passos firmes mas curtos. Era só entrar, virar a primeira esquerda e subir as escadas. Mas pra mim era um caminho enooooooorme.



É certo que nunca vi muita diferença em trabalhar em casa ou num prédio no Iguatemi. Mas não sei o que deu em mim que a única coisa que me preenchia era um vazio no estômago. E não era fome pois havia devorado tres sanduiches minutos antes.



Entrei, fui reconhecido, caminhei logo atrás da figura que acho que vai ser meu chefe. Fui apresentado ao serviço e à rotina. Fiz como aprendi por ai: olhos fixos, nunca pra baixo. Acompanhando as palavras e perguntando tudo. Na primeira oportunidade falei o que sabia e o que poderia fazer. Fui me adaptando. O frio na barriga passava mas o ar condicionado esfriava o resto tudo.



Num momento lá percebi que seria eu, realmente, o escolhido. Fiquei feliz, feliz mesmo! Um trabalho semrpe é bom, ganhando dinheiro então... é melhor que pão de queijo!!! Na hora que descobri que até carteira de trabalho iam assinar eu esqueci do frio na barriga, do frio na ponta do nariz e do absurdo que é um estagiário trabalhas 5 hroas por dia, 6 dias da semana e receber um salário apenas.



Tudo decidido, esclarecido, fiquei de esperar retorno do setor de Recursos Humanos. Fui saindo da sala, acompanhado pela figura lá (um cara gente boa!!!). Fui deixado no alto da escada... Desci, devagar, pensado em quem seria a primeira pessoa a saber da novidade. Cheguei no pátio (estacionamento) e vi meu carro longe, do lado de fora e podendo imaginar tanta coisa, só me veio um pensamento no momento: "Da próxima vez, coloco o carro aqui dentro, sou da casa".



Bobagens à parte, vim pra casa sem falar com ninguem e como não falei com ninguem, falo pra todo mundo... desse meu jeito... como é estranho você entrar num lugar como estranho e sair de lá achando que a casa é sua... só eu mesmo pra pensar essas coisas....

Continuando a publicar poesias e poesias, digo que estou com preguiça de escrever... sério mesmo! Tenho escrito coisas pequenas, frases soltas. Tenho lido pouco, o que é um problema sério! Fui olhar no "caderno azul" o que eu escrevi no dia 16 de maio de qualquer dia da minha vida... e achei uma poesia bastante pertinente e atualia 16 de maio de 2001...



ESPERAR (Bito)



Te esperar demora

mas não cansa...

Te esperar exige paciência

Mas não chateia...

Esperar umas horas

Esperar umas semanas

Esperar uma vida...

Esperar!

Aguardar a sua vinda

Mantendo tudo limpo

Tudo arrumado

Divino...

Do jeito que você merece!

Tanta coisa acontecendo no mundo e eu aqui, pensando na morte da bezerra. Tudo bem que era uma linda bezerrinha mas não é o fim dos tempos, tudo há de melhorar.

Depois da poesia de sábado eu me empolguei um pouco. To dando uma trégua para meus textos corridos e deixando as frases compostas para as avaliações na faculdade. Quem tem reinado são as poesias. Coloco outra aqui, que gosto muito.



TUDO DO NADA (Bito)



Praia que o mar não bate

Céu que não toca o horizonte

Força que não quebra corrente

Serra que não tem monte.



Retrato de minha vida atualmente

São palavras escritas no ar

Planta que não tem semente

Onda que surge sem mar



Um canto sem notas e melodia

Sai do meu coração

Aventura de criança sem fantasia

É como criar sem imaginação.



Amo sem saber porque

Apenas amo a alguém...

Sei que esse alguém é você,

Mas é como se não amasse a ninguém!

Outro dia eu havia esquecido que tem gente que mora longe, que tem gente que sente saudade. Outro dia eu comecei a viver dia após dia de uma maneira tão igual que eles passaram voando por mim. Entrei numa rotina tão suportavel que nem fazia esforço para realizar as coisas. Nada de novo acontecia, nada de diferente me aparecia. Eram sempre as mesmas pessoas, os mesmos lugares, as mesmas loucuras. Era a repetição, é certo! Uma repetição de coisas boas (mais boas do que ruins!), vale ressaltar.



O que me salvou foi um e-mail, assim penso. Uma mensagem perdida pelo espaço da internet, com o subject "Eu ainda gosto de você, sabia?". Não tinha nada de revelador, de extraordinário no conteúdo da mensagem... mas a esperança que o título me deu foi tanta... que os dias devem começar a ficar diferentes... asssim espero!!!



ESPERANÇA

(Bito)



Se na menor parte

Da menor parte do meu corpo

Existir uma pontinha de esperança

Isso já basta!

Essa pontinha de esperança...

Tira tudo do lugar

Essa pontinha de esperança

Agita o mar da solidão...

Me tira o sono.

Essa pontinha de esperança

Já estava se perdendo...

Já partia para onde eu não podia alcança-la

Bem na hora que te vi de novo

Linda como sempre!



Essa esperança que era pequena

Cresce e se agiganta...

Tomando minha alma,

Meu coração...

E fazendo de mim a sua morada!



É essa esperança que me move...

Que me alimenta...

Que me domina

Que me faz escrever...

E sonhar...

Em fim...

É que me faz viver!



Esperança de estar ao seu lado!!!

Na busca por palavras minhas, encontro boas palavras dos amigos pra me confortar.



Antes que se pense que eu quero me promover às custas do trabalho dos outros (ou então pago por fora para fazerem meu trabalho), explico que o autor da crônica abaixo AINDA não tem blog ou página pessoal. Seus textos me chegam por e-mail e trato de lê-los em segundos, pq gosto!!!



Acho que essa crônica - principalmente a parte destacada dela - caiu como uma luva depois de um dia como hoje... espero que gostem também!!!



35 HERÓI DA CLASSE TRABALHADORA. (Julio Lins Salvador, 25/04/2003.)



Eu sei que você está aí... não adianta disfarçar e remexer alguns papéis... o que fizeste hoje? Já sei! Não precisa nem contar. Agora eu te pergunto: Existir é só isto?



Acordou, tomou um café com pão, a mulher na televisão esclareceu que o certo seria frutas e cereais, mas você não tem tempo. Pegou seu carro e depois de sair da garagem colocou o cinto de segurança, arriscando sua vida e fingindo que não conhece as estatísticas de acidentes perto de casa. Irritou-se com uma ou outra fechada de alguém querendo chegar antes no trabalho, muito atrasado para coisa nenhuma.



Chegou. Bateu o ponto, sentou na sua mesa e começou a lida. Na improdutividade atarefada, parafraseando de Masi, as horas se arrastam, portanto a sua pasta de pendências que poderia ser usada para coisa melhor, é a garantia de algum trabalho durante o dia.



E que dia longo esse, não? As tarefas de rotina acabaram pela manhã, já se foi o almoço e agora é só encontrar o que não fazer pela tarde. Todos em volta parecem pré - ocupados, papéis nas mãos, andar apressado, passo curto, e a testa... a testa é o xis da questão. Ela tem que estar sempre franzida ressaltando linhas como cicatrizes de uma lobotomia e se os olhos expressarem juntamente com a boca um ar de inatingibilidade da tarefa em mãos tanto mais verossímil é a cena. Acompanhando o desenrolar da trama descobre-se que o indivíduo em questão estava indo passar um fax. Aliás fax é coisa que se poderia passar em casa ... mas aí não seria trabalho seria? Quem determinou isto?



Três cafezinhos até agora, já ligou para todas as partições e setores compartilhando assim a sua inquietude com os colegas. Mas ninguém admite... nem você, nem os administradores muito menos os políticos que desde que inventaram o computador e a administração científica não é necessário mais permanecer tantas horas na gaiola de vidro que costumam chamar de empresa, e ainda fazer companhia nas horas extras aos que não conseguem pensar em nada melhor para fazer ou pensar.



Enquanto arruma sua gaveta cheia de papéis recicláveis, na mesa ao lado alguém com senso produtivo mais aguçado, resolve aproveitar o tempo procurando nos classificados e ligando às expensas da empresa moderna em busca de um carro usado. Claro , sempre com voz baixa e tensão na testa. Mais à frente a assistente do gerente imprime seu trabalho da faculdade com a mesma alienação, herança do taylorismo/fordismo, de um operário no início do século XX: copia e cola da internet sem ao menos conferir. Muito tempo desperdiçado nesse teatro repetitivo e dissimulado.



Quando falta pouco menos que uma hora e começas, como um cavalo na largada, a ficar ansioso pela abertura do portão... você abre seu e - mail e lê essa crônica na esperança que lhe faça sorrir ou ao menos te traga cores em letras pretas. Doce ilusão, ela cinicamente te presenteia com um espelho de metal e de vidro: símbolos de uma ideologia que se desfaz frente à realidade urgente.

OPA OPA OPA.... para tudo... vamos organizar essa coisa toda!!!



Passada a crise existencial, prometo que vou voltar a colocar coisas realmente interessantes nesse blog. Quando resolvi "continuar", foi sob a condição de não fazer relato de história de vida e muito menos sair publicando perfís e testes da internet. Não é que eu ache isso bobagem ou perda de tempo, pelo contrário, me divirto até! Mas não é esse o objetivo desse trem, entende?



É certo que preciso parar uns 10 minutos amanhã pra escrever alguma coisa de verdade aqui... vou dormir a amnhã tudo estará mais "normal"... espero!!!

Por falta do que falar, vou falar de mim... ehhehe... tem coisa melhor??? vamos lá!!!



NAS ULTIMAS 48 HORAS



1.Beijou alguém: sim

2.Chorou: de rir

3.Escreveu uma carta: sim

4.Abraçou alguém: muitas pessoas

5.Falou com o seu amor: Não tenho um amor apenas, falei com alguns deles...

6.Se sentiu inútil: Não

7.Teve uma conversa séria: tive sim

8.Brigou com alguém: Não, milagre!!!.

9.Riu até chorar: Ri sim... ehehhe... lendo blogs horrorosos!!!

10.Dormiu fora: Não, só em casa...

11.Viu alguém que você não via há muito tempo: vi, Mari lá na frente do CAV

12.Conheceu alguém: Não

13.Teve medo de alguma coisa: Tive, de bater o carro com essa chuva dos infernos.

14.Sentiu falta de alguém: Sim.

15.Foi a uma festa: Não, mas fiz a festa aqui em casa... eheheh

16.Mentiu: Viver é mentir verdadeiramente. Menti, mas não por maldade... foi para o bem estar socio-politico-economico-sexual da pessoa

17.Foi dar uma andada: de fato não, to até precisando.

18.Acordou muito cedo: Sim... às 8 no sabado, Yve me ligou... sacanagem! ehhehe

19.Dançou? Sim sim... aqui em casa, fazendo trabalho de Planejamento Gráfico... foi engraçado... eheh

20.Se apaixonou? Não....

21.Entrou em chat? Não.... mas fico "chateando" o dia todo, pelo ICQ e MSN.

22.Se sentiu Feliz? Sim.

23.Se sentiu triste? Sim.



VOCÊ SE ACHA



1.Um bom ouvinte? Sempre

2.Uma boa companhia? Para aqueles que eu gosto, certamente

3.Uma pessoa Feliz? Sem duvida alguma...

4.Bonito? Sim sim... eu me adoro!!!

5.Um bom amigo? Isso eu sou... "um por todos e todos por um"

6.Um bom conselheiro? Não sei... digo aquilo que penso... como não aconselho nada por sacanagem, acho que sou um bom conselheiro.



VOCÊ ACREDITA



1.Em você: Totalmente...

2.Em seus amigos: acredito na amizade deles, certamente.

3.Em monstro debaixo da cama: Não

4.Em E.T?: Tenho minhas teorias... não vou abrir a discussão aqui... mas vou responder... Não!

5.Um por todos e todos por um: ahahhahahha.... claro!!!

6.No governo: não, de verdade

7.No verdadeiro amor: todo amor é verdadeiro.

8.Na verdadeira amizade: toda amizade é verdadeira

9.Em Adão e Eva: Quem acredita??? Pelo amor de Deus... alguem já explicou que as pessoas criam metaforas e analogias para contar certas histórias, principalmente quando a ciência não consegue precisar os fatos? - desculpe o desabafo!

10.Em amor à primeira vista: certamente, leia meu texto sobre isso... em nos arquivos de Fevereiro.

11.Em bruxos: Com certeza... mas acredito muito mais em bruxaria do que em bruxos...



VOCÊ



1.Tem os pés no chão: um no chão e um no ar...

2.Está namorando/ ficando/ de rolo?: ô! Dó... não...

3.Tem uma linha da vida: tenho sim.. traçada mas não determinada... pode mudar, quem sabe?

4.Gosta de dançar: muito muito

5. É feliz: C-A-L-A-R-O.

6.Está com fome: mais ou menos... vou comer daqui a pouco, antes de dormir

7.Sente ciúmes de quem: virgem... sou muito ciumento...

8.Pede conselhos a quem: pra ninguem.

9.Sente saudades de quem: "Muitas pessoas pra uma só pergunta" (plagiei Lucas!)

10.Dorme com bichinhos de pelúcia: Não.

14.Chora com o quê: injustiça, dor e limitação fisica

15.Alguma marca para ser reconhecido: hum.. sei não, diga uma ai...



NOS ULTIMOS DIAS



1.O que sobra: histórias...

2.O que falta: fazer fotos

3.O que marcou: o sabado à noite, comendo crepe com Daniel e Tássia.. ehehehhe



AGORA



1.Está usando que roupa? calça de moletom e basta

2.Está triste ou feliz? Feliz, muito feliz

3.Está nervoso ou calmo: Calmo

4.Que horas são: 23:40

5.Está conectado: sempre estou...

6.Está teclando com alguém: com Lucas....

7.Está cheio de escrever: isso jamais!!!

8.Está ouvindo alguma música: não... Rede Bahia Revista.

9.Está sozinho: nunca estou sozinho....

MOMENTO: EU JÁ FUI ASSIM



Eu que por tantas vezes coloco a mão na cabeça quando vejo gente escrevendo um monte de bobagens, por vezes esqueço que um dia também achei o máximo as bobagens que eu escrevia. O pior é que muita gente achava isso também. Eu estava no terceiro ano, meio desorientado, apaixonado por uma menina que não queria mais nada comigo... resolvi descarregar toda a minha agonia no papel e, sendo assim, surgiu "A Bitologia". Não vou nem arriscar colocar algum daqueles textos por aqui, são meio bizarros. Também não vou dizer nenhum dos nomes dos componentes que faziam parte do time dos Bitólogos...



Estou escrevendo para me alertar do quanto eu esqueço que todo mundo tem direito de escrever merda e de achar que sua merda fede menos do que a merda dos outros. "Na minha época" (nossa, isso parece papo de velho!) não existia blog... e se existia era só no quintal da casa de algum americano maluco que não tinha mais o que fazer...



Hoje, quando passeio pelos blog (e nem preciso ir muito além dos meus próprios links), vejo, não as minhas idéias, mas a mesma necessidade de colocar para um monte de gente qualquer coisa que possa nos identificar. Sinto essa necessidade de aparecer textualmente, literariamente, mesmo que seja sem qualidade. Sou muito crítico, sou sim, principalmente quando a bobagem vem acompanhada por uma péssima ortografia. Mas não posso esquecer que foi escrevendo merda, escrevendo mal e ouvindo as críticas (que eram poucas mas contundentes) que eu aprendi um pouquinho...



Um dia eu vou escrever um livro de verdade, diferente dos três primeiros... um dia vou chegar lá... e chegarei lá graças às bobagens que escrevi com 17 anos... não só pelas críticas... mas também pelo exercício corajoso de ter colocado pra "todo mundo" o quanto eu era ignorante.



Por isso... continue... é fazendo bobagem e ouvindo verdades que se vai longe... certamente...

Uma semana de castigo! já foi o suficiente...



Peço desculpa para todos por esse transtorno de não me explicar, de não falar qual era o problema. Passei esses dias todos diluindo o veneno, acalmando meus ânimos para não falar bobagem, pra não agredir alguém. Isso acontece... na vida de todo mundo, não é mesmo?



Tanta coisa ficou pra ser dita... algumas delas não serão, jamais... outras direi qualquer dia, mas não hoje.



Queria publicar uma poesia mas não sei qual, não sei de quem... estou meio desacostumado... eheheh... sem praticar ha uma semana, imagine?



Aproveito para lembrar de um recado que Rilke dá em seu livro "O Diário de Florença"... esse recado já esteve por muito tempo no meu blog, quando era Tartaruga Ariza - mergulhada no ciberespaço.



ai vai...



"Se já estou suficientemente calmo e maduro para iniciar o diário que pretendo passar às tuas mãos - não sei. Sinto, porém, que minha alegria permanece impessoal e sem brilho, enquanto dela não participares como confidente - ao menos por intermédio de alguma anotação íntima e sincera sobre essa algria em um livro que te pertence. Começarei, então."

Rainer Maria Rilke - O Diário de Florença