domingo, 11 de dezembro de 2005

"Meio"

De repente, sem que eu percebesse,
já acontecia.
A história, sem ter um começo,
no tempo corria.
E a gente, sem referências,
apenas vivia.
O que se esperava, durante meses,
era a chegada de um dia.
Mas essa históra não tinha futuro,
só tinha magia.
E sem futuro, também não tinha fim.
O que eu faria?
Deixar como está, num meio sem fim,
será que eu podia?
Ou é melhor resgatar, na ponta do tempo,
o que a gente não via?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

No último pau-de-arara

Daqui há menos de um mês é minha formatura. Vou poder ser preso e ficar em cela especial. Logo depois pego o pau-de-arara que voa, da GOL, e vou pra São Paulo. Devo ficar no "túmulo do samba" por um mês, fazendo contatos, vendo como as coisas funcionam numa cidade grande.

Farei também a seleção para a pós-graduação numa faculdade de fotografia...

Nesse meio tempo, vou escrevendo minhas experiências como retirante na maior cidadee do Brasil... espero que meu público "cativo" volte a ler essas bobagens que escrevo.

No próximo post, defino as datas e começo a listar o que vai na mala do mala.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

ADEUS SENHOR MIYAGI

A notícia que li no UOL abalou as estruturas da minha existência. O Senhor Miyagi marcou a minha infancia/adolescencia com seus ensinamentos precisos, filosóficos e misteriosos. "Circulo grande com a esquerda, respira. Circulo grande com a direita, respira". Muitos outras técnicas clássicas para se recuperar o verdadeiro espirito do Karate. Lembro que toda vez que eu terminava de assistir um Karate Kid colocava as almofadas empilhadas e lutava com elas feito um doido... acho que a Globo deveria passar todos os KARATE KID na semana que vem, em homenagem ao velho japones de Okinawa...

domingo, 20 de novembro de 2005

curioso mundo esse...

era uma vez uma pessoa... para mim, ela não tinha nome, não tinha nacionalidade, cor ou credo... para mim, essa pessoa era um blog. Um blog branco com letras pretas. Neste mundo, dito virtual, mas é melhor que se diga "potencial", ou abstrato, como prefiro, ele continua lá... como um blog em preto e branco, com sua graça, com suas falhas. Mas no mundo concreto, ele foi chamado e retirado de cena. Morreu, o coitado, sem que pudesse ser, ao menos para mim, algo além de um blog. Mas o estranho mesmo é que a sua presença ainda é viva e certa. Qualquer um pode acessá-lo, mais atual do que qualquer lembrança, do que qualquer saudade. E o buraco que diziam que haveria, não há... o blog continua lá.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

NINGUEM MERECE JO SOARES!!!

Jô Soares acaba de fazer uma "brincadeira" com a questão da seca na Amazonia. O gordo, que anda cada vez mais chato, mostrou a situação de um posto de saúde na Ilha de São Miguel, no Pará. Depois fez umas montagens. Me deu nojo. Nojo de alguém pensar em brincar com uma coisa tão séria.

Estive em missão na Ilha de Marajó, também no Pará, e encontrei um posto de saúde numa situação pouco menos deplorável do que em São Miguel, mas ainda assim desesperador. A situaçào da população do extremo-norte do Brasil é muito complicada. Quando a água vai embora então, é um Deus nos acuda. O padre Giovanne Gallo bem escreveu sobre "A DITADURA DAS ÁGUAS". O ex-jesuíta viveu em Jenipapo, mesma vila onde estive no mês de agosto deste ano.

Voltando ao posto de saúde, o de Jenipapo já teve de tudo, ao que parece... cadeira de dentista, estufa, geladeiras especiais, maca, balança pra recem-nascido e essas cosias que todo posto de saúde deve ter. Hoje em dia funciona apenas como fornecedor de remédios para hipertensão e diabets. O último médico passou dois meses e resolveu ir embora. Quando alguém fica doente em Jenipapo, é levado para a sede do município, 6 km distante. É levado onde dá... de casquinho ou de voadeira, no inverno. Mas quando o rio seca e vem o solo vira lama, só de Búfalo ou então reza pra Deus ajudar. Quando a lama seca, ai fica menos pior, e tem um pau-de-arara da prefeitura que leva e traz o pessoal, ou então motos, cavalo ou qualquer outra coisa. Carro?! Oxe! Não vi nenhum fazendo o trajeto.

Mais uma vez, é de dar nojo ver a chacota de Jô e suas meninas com uma questão tão séria quanto essa. uma pena!

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

pausa nos vídeo. um momento para pensar: até quando não é tarde demais?

Todo mundo sabe que não sou de parar num lugar só, de ficar fazendo a mesma coisa sem parar. Foi por isso que eu passei por tantas faculdades, tantos grupos, tantos trabalhos... nossa. Desde quando me entendo por gente, ou melhor, desde quando passei a decidir se vou ou não para um lugar, não tenho criado raizes profundas. Digo, antes que contestem, que crio raizes sim e deixo e levo saudade... mas até quando não é tarde demais? Poxa.

Há muito tempo saí do cursinho, e lá fiz bons amigos. Era gente que eu via todo dia, saíamos juntos, andavamos todos no meu carro pra cima e pra baixo, de domingo a domingo (aulas de física aos domingos!!!). Mas hoje em dia não há o que falar. Já é tarde demais? Criou-se, então, uma barreira indissolúvel que gera uma estranheza ao olhar num reencontro casual?

Há menos tempo, saí do jornal, e lá também fiz bons amigos. Era gente que eu via todo dia, que comia pizza e tomava cafezinho juntos, e íamos pegar o vale refeição juntos. Mas hoje em dia é estranho. Já é tarde demais? Criou-se, então, a mesma barreira indissolúvel? droga! tem tanta gente legal que eu não queria que deixasse a minha vida só porque eu cansei de certos lugares, de certas rotinas.

Minha ida para Sampa em janeiro pode acarretar em problemas como este no meu grupo de amigos atual. Se bem que são esses os amigos de sempre, pelo menos há quase 10 anos. Mas os mais atuais, que vieram da faculdade, nào sei se vão sobreviver à minha mania de deixar tudo para tras e seguir em frente...

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

O mundo mágico da edição de vídeo tem destas coisas.
E empolgante, engraçado, desafiador. Enquanto termino o vídeo clip dos Beatles novo, vou queimando os miolos para tentar reproduzir uma determinada propaganda. Mas os testes não param. Este foi o primeiro que fiz no After Effects... bem símples, mas a base de tudo!!! ehhehe



FICHA:

Atores: eu e eu mesmo
Trilha: Efeito de bomba
Editor de imagem: After Effects
Câmera: Canon A65 apioada na cama
Data: outubro de 2005

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

pausa para pensar...
o que vou escrever aqui?!
Desde que voltei a escrever aqui, tenho procurado a forma ideal desse espaço. Ainda não me decidi sobre o que vou falar aqui... já tenho um norte, e isso é bom... tenho idéia de uma temática geral, mas nada certo ainda. A forma é que é importante.

Hoje mesmo, testo uma delas, mesmo antes de mudar o layout e adaptar meu portifólio ao blog também...

Tenho feito edição de vídeo e tenho me surpreendido com o resultado. Tudo tem ficado bem legal. Claro que ainda sinto a limitaçào tecnica (aprender sozinho nao eh fácil). Este link aqui é para o meu primeiro vídeo. Há 1 ano e meio, quando abri o Windows Movie Maker pela primeira vez... peguei as fotos, joguei na timeline, apliquei as transições (colocar uma foto em cima da outra), joguei a trilha... ajustei um pouquinho e esse foi o resultado.



FICHA:

Fotos: eu mesmo
Música: Help - The Beatles Anthology
Editor de imagem: Windows Movie Maker
Data: não lembro o mês, mas foi em 2004...

Hoje uso o Premiere e o After Effects... ainda essa semana publico esse mesmo clip editado com esses programas novos...

terça-feira, 4 de outubro de 2005


Outro dia li um depoimento de um colega que era mais ou menos assim:
Eu faço foto artística, mas gosto também de fotojornalismo. Ai eu parei. Pensei... li de novo. Nossa! As pessoas pensam mesmo isso? foto artística e fotojornalismo são coisas diferentes?

Achei que a única maneira de responder a esta pergunta seria procurando as fotos jornalísitcas com arte o bastante para acabar com essa história.

Abri o site www.newswum.com e olhei cada uma das 414 capas de jornais do mundo inteiro, somente do dia 1 de julho. Estas ai foram as que mais se destacaram, pela sensibilidade, pela técnica, pelo inusitado... e como estou com sono, depois continuo a reflexão...

domingo, 25 de setembro de 2005


"Alto aqui do sétimo andar, de longe eu via você..."
(Do Sétimo Andar - Rodrigo Amarante)


Quando estava na casa de meu tio, na semana passada, fiquei lembrando porque eu gosto tanto de apartamentos. Toda vez que vou no apartamento de um amigo, a primeira coisa que faço é procurar pela janela, pela varanda. Adoro ficar olhando, observando o mundo lá fora.

No apartamento de meu tio, no entardecer, numa das janelas do prédio da frente, uma pessoa fazia exercícios. Levantava os braços freneticamente, pulava e fazia alongamentos. Parecia que acompanhava alguma coisa na televisão. No apartamento de baixo, um casal assistia algo que parecia um filme, ou a novela. Em silencio, eu via a vida de cada um que passava, cada um que chegava. Na piscina da casa ao lado do prédio de meu tio, duas crianças e um cachorro brincavam à vontade. Os carros começavam um engarrafamento básico na rua Rubem Berta, e eu alí... parado, atento ao meu próprio "The Sims", imaginando o que poderia fazer com cada uma daquelas criaturas...

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Digressões sobre o orkut...

nos últimos dias tenho pensado muito nos meus amigos. Sim, nesses amigos do peito (tipo esses que citei no post abaixo). Há um tempo atrás, uns dois anos, eu acho, eu diria que tenho amigos que não vejo há muito tempo. Ai veio essa banana do Orkut e bagunçou tudo. Descobri que tinha muito mais amigos que não via há muito mais tempo ainda. A febre do início foi legal. Reencontrei figurinhas carimbadas da minha alfabetização em 86... também alguns saudosos do tempo em que eu estudava no Rio Grande do Norte... mas ai foi passando o tempo e o Orkut virou coisa séria. Comunidades, código de ética, rotinas de scraps, visitas periódicas aos perfis dos amigos. Desta forma, passei a ter amigos que não vejo todo dia. Estes sim, amigos virtuais, no exato sentido da palavra. São apenas figurinhas (não carimbadas), ligadas a tantas outras num álbum mórbido, onde todo mundo finge que se vê, que se fala, que se encontra... mas continua sentadinho na frente do computador, sem sair de casa.

"vamos correr nesta cidade imensa..."
(da comunidade)

"Não sei se, com excepção da sabedoria, os deuses imortais ofereceram ao homem alguma coisa melhor que a amizade"

e é isso... cada dia fico mais feliz por saber que tenho bons amigos em cada cantinho desse mundo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

O sol vai se pondo la fora e eu perdendo uma tarde em frente ao computador de meu tio, tentando consertar uma impressora. Bem típico, não é? Fiquei me perguntando, rodeado de discos de instalação e janelas de downloads, que porra é que eu to fazendo aqui?! Eu sou do "suporte"?! nem...

Estudo (ou finjo que o faço) jornalismo há quase quatro anos... e porque me jogo pra consertar computador?! Fazer site?! Criar cartaz? Salvar tartarugas marinhas? Porque me jogo a ensaiar uma música? a chutar uma bola? Tenho feito tantas coisas ao longo da vida, e coisas muito diferentes.

Lembrando do PC, acho que sou mesmo um pato... tipo aquele que até voa, nada, anda e canta... mas não faz nada direito.

Não seria hora de me especializar? De concentrar energias em uma coisa que me de prazer, que eu faça bem feito, e que eu ganhe alguma coisa?

Penso nisso... e já é noite... estou com fome e a impressora ainda apita...

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Que há com meu nome?!

Outro dia implicaram com meu nome... C-A-R-A-C-I-O-L-O... é tão difícil assim?!
Não tem nada dobrado, não tem nada mudo... assim... se escreve como se fala, puxa!
Tem até comunidade no ORKUT...
O povo gosta é de complicar as coisas...
Um editor, na semana passada, me deu até lição de moral quando ouviu meu nome, pode?

- Como é seu nome, rapaz?
- Fábio Caraciolo
- Caracciollo? Como é que escreve isso?
- Do jeito que fala. C-A-R-A-C-I-O-L-O.
- Não tem nenhum SILVA, SANTOS, no seu nome?!
- Tem Teles.
- Ai, Telles. É muito mais simples.
- Mas Teles é com um "L" só, meu amigo.
- Mesmo assim, é mais simples, viu?!
- Mas meu irmão é jornalista e já assina Teles... fica repetitivo, sem marca.
- Mas o maior princípio do jornalismo é a objetividade.

TSC TSC...

OBJETIVIDADE É O CARALHO! ESCREVA MEU NOME CERTO! ehhehehe

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

O que quero para o futuro?!

Acordei hoje pensando nisso. Oras, há muito tempo deixei essa bobagem de "carpe diem" e comecei a pensar melhor em viver o presente estando muito atento ao futuro. Como sei que não vou morrer amanhã, tem um monte de coisas possíveis de serem realizadas com calma, sem afobação, sem precipitação.

Mas fiz meu exame de vida no caminho de casa até uma reunião (sim, uma reunião no sete de setembro)... vou me formar no final do ano, trabalho num lugar muito tranquilo, onde me sinto sub-aproveitado e super-valorizado (isso mesmo, faço pouco e ganho muito, desculpa!). Tenho uma namorada, minha companheira, meu amor. Tenho algumas contas para pagar... vivo com minha família e sou muito feliz, aliais, somos todos muito felizes, graças!

Diante deste quadro, comecei a imaginar o que estarei fazendo daqui há um ano... depois, daqui há três anos... e daqui há 5? Onde estarei?

Tenho alguns sonhos, algumas idéias... quero continuar estudando fotografia, quero continuar a fotografar... mas quero viajar também. Seria muito bom se eu conseguisse emplacar um projeto para fazer as fotos que quero... quero comprar um apartamento, quero me casar, quero ter um filho... quero pagar as dívidas... por enquanto, eh o que eu quero... quero também (nao custa sonhar), publicar na National Geographic, nem que seja uma "carta do leitor"... eehehhe...

eh isso... eu quero

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Durante o mes de agosto, estive no Pará. Fui com uma missão dos jesuítas à vila de Jenipapo, na Ilha de Marajó. Eramos 6 jovens (Tássia, Carol, Deinha, Renata, Márcia e eu) e Robertinho, "o padre"... a experiência foi maravilhosa, impactante... escrevi pouca coisa sobre aquilo tudo, mas fotografei muito. Ao todo, eu e Tássia fizemos 30 filmes e mais uma porção de fotos digitais... mas alguma coisa escrita saiu naturalmente, numa noite daquelas, ouvindo os grilos e os sapos...

DIÁRIO DO JENIPAPO 1

"No dia em que pegamos o barco, de Belém para o Marajó, ainda tinha dúvidas de como seriam as coisas por aqui. A viagem começou agitada, com o mar da baia tirando meu sono e embaralhando meus pensamentos.

De coração aberto eu dormi e acordei com os primeiros raios do dia, e algumas poucas vozes ao longe. Avistei logo o trapiche e o porto de Jenipapo. Muita gente esperava por qualquer coisa ou gente vindos da cidade. Eu esperava reconhecer alguma cosia o mais rápido possível, porque tudo aquilo era muito estranho. As casas todas de salto-alto, ligadas por pontes e caminhos também elevados. À primeira vista parecia feio, mas a luz do lugar e o sorriso das crianças me encantaram. Desde então, não consegui parar de sorrir e agradecer por este presente, por este chamado.

Não fiz muitas fotos desde que cheguei. Enquanto não passava o encantamento, não pude pensar em outra coisa senão contemplar esta graça de Deus. Caminhei por entre as casas suspensas, parecendo imensos puleiros, cheguei a um telefone e fiz contato com o povo de casa. Ao discar os primeiros números, não tive dúvidas de que achariam estranho se eu dissesse que era maravilhoso. Quando cheguei, por um instante, achei que não seria capaz de conviver bem com um desconforto crônico – ainda mais eu acostumado com banho quente, coca-cola, internet e carro. Mas a imagem das dezenas de redes entrecruzadas pelos dois andares do Capitão Renan, na viagem de vinda, me fizeram lembrar que o belo às vezes se esconde em coisas muito simples. Mais tarde, quando fui deitar em minha rede, já não tinha mais dúvidas de que o meu caminho era aquele mesmo, e que todo o sacrifício valeria a pena se eu estivesse de coração aberto."
um espaço em branco e uma vida cheia... noutras vezes, vida vazia, sem qualquer espaço para escrever... porque nunca há o equilíbrio?!

Há tempos descobri que somos nós que devemos equilibrar, e não esperar que tudo se ajeite. Numa conversa de elevador com uma fotógrafa amiga minha, ouvi dizer que o mundo é um grande caos, que não há qualquer organização, e a arte de fotografar consiste na justa ação de equilibrar este caos...

Deixando de enrolação, vou tentar voltar a escrever nessa banana aqui, sem avisar a qualquer pessoa, sem me preocupar com o que virá. Só quero matar essa vontade que me deu de escrever, de colocar pra fora o que está guardado há tempos. Não é nada demais, nada tão poético. É só porque gosto do barulhinho frenético do teclado do meu laptop quando digito alguma coisa sem pensar, sem parar, e só vou ouvindo o tic-tic-tic-tic...

E é assim... não há qualquer promessa ou compromisso com este retorno repentino... é apenas um começo, que ainda não tem fim, nem meio... um começo e ponto.

terça-feira, 26 de abril de 2005

Fotografia e cotidiano
por fábio caraciolo
Quando o primeiro homem conseguiu fixar a primeira imagem sensibilizada pela luz numa superfície, ele não imaginava em que aquilo se transformaria. Das grandes e desengonçadas câmeras escuras até as microcâmeras em celulares, a fotografia ganhou um espaço na vida do homem moderno que não pode ser tirado.

Alguns dados para parecer verdade: No Brasil, com uma população de quase 170 milhões de pessoas e pouco menos de 45 mil domicílios, estima-se que 66 milhões de brasileiros tenham uma câmera em casa. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Material Fotográfico e de Imagem (ABIMFI), circulam hoje no Brasil 24 milhões de câmeras fotográficas (22,4 MI de filme e 1,6 MI digitais).

É claro que a realidade de uma cidade grande é bem diferente desta sopa de números e letrinhas. Ao andar pelas ruas, a impressão que dá é de que há sempre alguém com sua compacta em punhos, pronto para disparar o flash. E nesta andança é que vem a dúvida: porquê as pessoas fotografam tanto?

O primeiro impulso é o de sair perguntando, mas a observação já dá algumas respostas. Há quem fotografe para guardar na memória as férias na praia. Há também quem fotografe achando que vai ganhar dinheiro. Tem o fotógrafo que não sabe pintar e “copia” do mundo o que é belo. Tem gente que fotografa compulsivamente, sem motivo algum. Tem quem fotografe porque quer fazer história, ou provar qualquer coisa. Há tantos tipos de fotógrafos e motivos quanto há modelos de câmeras disponíveis.

A fotografia tornou-se uma coisa tão comum e tão acessível que por vezes parece que perdeu aquela magia de antigamente. Uma fotografia já foi centro de ritos sociais. A família toda se reunia, colocava a roupa mais bonita e ficava horas esperando pelo clássico retrato. Hoje em dia poucos rituais de passagem contam com fotógrafos específicos. No dia-a-dia, para a foto da família no Natal, é só carregar o ISO 400 e mandar ver.

Além do barateamento do material para fotografia amadora, outro fator determinante para a popularização da fotografia foram as Minilabs. Pequenos laboratórios de revelação rápida, serviço barato e qualidade “padrão”. Ideal para todo tipo de gente que não tem tempo, encaixando-se perfeitamente na rotina acelerada do homem moderno.

Ainda que moderadamente, o processo digital sacramentou a fotografia no cotidiano das pessoas. A custo quase zero, ficou ainda mais fácil apertar o botão e sair capturando imagens a torto e a direito. Nos EUA, houve um aumento de 11000% do número de câmeras fotográficas digitais nos lares, em oito anos. Em 1996 eram 300 mil casas com digitais e a projeção para 2003 foi de 33 milhões. A pesquisa da Photo Marketing Association foi feita em 2002. Atualmente estes números devem ser bem maiores.

O cenário mundial é refletido regionalmente. Sinto que a fotografia avança e as câmeras fotográficas já são objetos obrigatórios nos lares. Quem é que não tem um porta-retratos ou um pequeno álbum de fotos 10x15? Quem é que nunca se aventurou a fotografar o “parabéns pra você” no aniversário do sobrinho? Quem nunca clicou que atire a primeira pedra.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Outro dia desses eu tava pensando (sim, eu penso!): "como seria viver sem internet"?

sim... porque eu não me lembro da época em que eu não tinha internet, apesar de isso ser há menos de dez anos. Quero dizer, eu me lembro sim dos remotos anos 90 (putz!)... mas são coisas (como jogar video game, jogar bola, ir pra escola) que até hj eu faço. Eu penso naquelas horas em que não tem nada, no horário entre seção da tarde e o BA TV... o que eu fazia??? porra! não consigo imaginar. Pra vocês verem como a internet mudou a minha vida, acho que se eu fosse obrigado a assistir "Como uma Onda" eu me mataria agora mesmo... eheheh...

segunda-feira, 28 de março de 2005

Quando se completa um cíclo, é hora de pensar um pouco e ver o que que aconteceu de bom, o que é que tem para melhorar e essas coisas. Há um ano falei pela primeira vez com uma pessoinha de quem já tinha ouvido falar. "É a mulher perfeita para você", disseram. Algum tempo depois ela me disse que falaram a mesma coisa para ela. Tem doido pra tudo, não é? Mas o bom é que acreditamos, nos encontramos e já temos um ano de história para contar. Como todos dizem, não parece ser tão pouco... e não é. Porque quando a gente ama, quando a gente faz planos, não ficam aparentes apenas os meses que passaram, mas também todos aqueles imaginados... como nossos filhos, nossa casa, nossos gatinhos... como nossas brigas por causa do futebol, nossas discussões por causa da tampa do vaso... como nossas conversas demoradas na beira da praia, já castigados pelo tempo... tudo isso em apenas um ano. Leila é a mulher da minha vida inteira, não por ter feito parte do meu passado, mas por estar presente em todo o meu futuro!
ah! e amanhã á aniversário dela... :D

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Nunca satisfeito: algumas vezes estou cheio de tempo e sem idéias... agora sobram idéias e não consigo parar para escrever! então ai vai uma listinha de coisas para fazer, só para tirar as teias de aranha daqui:

PARA FAZER:

1- Tutorial de ação e galeria do Photoshop
2- Redigir capítulo da monografia
3- Arrumar armário de Leila
4- Transferir dinheiro para conta do Real
5- Pagar Farol PC
6- DONE!
7- Enviar ata da reunião da diretoria
8- Enviar orçamento da máquina para Leandro
9- Cadastrar revistas na biblioteca itinerante
10- Enviar material da biblioteca itinerante (criar site)
11- Enviar convite da formatura de França
12- Arrumar quarto

segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

Várias coisas para dizer antes de viajar:



#1- A maré está braba!!! Desde o início de dezembro que as coisas estão apertando, ficando mais difíceis. Não é que as coisas boas não venham acontecendo, pelo contrário, mas é que de vez em quando a gente desanima.



#2- To com a primeira versão do portifólio pronta. UFA! Nem acredito. http://www.fabiocaraciolo.com.br - é só conferir!!!



#3- Hoje mesmo eu estava lendo uns depoimentos de uma galera que viu extra-terrestre, bastãozinho cromado e olho mágico verde. Sei lá... posso até estar errado, já que não tenho nada a não ser minha falta de fé nessas coisas... mas tenho andado tão impaciente que deu vontade de vomitar, na moral. E ainda vão dizer que é reação por meu corpo não estar em sintonia com a energia que emana dos depoimentos... pode???



#4- De vez em quando sinto que minha luta deve ser mais séria, mais ofenciva. De certa forma me acomodei em alguns cantos da minha existência e ficou difícil de me levantar.



#5- Tenho vontade de cantar, mas o nó na garganta não deixa... to tristinho...