"Ah, mas que saudade eu tenho da Bahia
Ah, se eu escutasse o que mamãe dizia
Bem, não vá deixar a sua mãe aflita
A gente faz o que o coração dita
Mas este mundo é cheio de maldade e ilusão"
(Dorival Cayme)

Auto-retrato de um baiano...



Como se diz, baiano só come com farinha... tive que trazer um contrabando pra São Paulo, claro... mas diga lá se auto-retrato com farinha não é a pura essencia do fotografo baiano?! ehhehe

(homenagem a Tassinha, onde quer que vc esteja... eheheh)

Mais uma da Pinacoteca...
é engraçado como tem gente que parece que saiu de um quadro... ehehe... essa ai é Débora, uma das minhas colegas da Pós...
E o pessoal pergunta: "como é que vc consegue ver essas coias?" (referindo-se ao jeito que componho as imagens)....
e eu respondo: "não sei, não tem uma explicação... acho que vem de tanto olhar imagens... a gente termina sabendo que toda cena tem uma noticia, é só saber procurar..."

Presente de Páscoa

Meu presente de Páscoa veio de longe...
No domingo, eu estava no sofá, largado, praticamente abandonado, morrendo de frio aqui em Sampa quando, surpreendentemente meu celular de Salvador toca. No visor, piscava o nomezinho "Thiago Lucas". Quando atendi, uma zuada da porra (ou grande barulho para quem não sabe portugues) e uma voz que dizia: "VELHO, OUÇA ISSO AQUI"...
Aos poucos apurei o ouvido e ouvi de longe: "canta para mim, qualquer coisa assim sobre você... que explique a minha paz, tristeza nunca mais...".

Era verdade. Los Hermanos na Concha Acústica tocando Casa Pré-Fabricada e, mais uma vez, eu não estava em Salvador pra ver o show dos caras. Foi emocionante ouvir um minutinho do show... não tem nem como retribuir esse presentão de Thiago... ou talvez tenha, so preciso pensar direito como...


fotinha tirada do site www.loshermanos.com.br

Sábado de Aleluia...



Aleluia!!! Finalmente fui à Pinacoteca...
Várias obras de arte, várias instalações, uma exposição mais legal com imagens do Barroco e Renascimento... aproveitei para fazer umas fotinhas...



De todas as fotinhas, essa ai é a que acho mais legal... o garotinho se interessa por arte, mas não é qualquer coisa colorida que chama a atenção dele... coisas da nova geração

Estação da...



LUZ!!!!!!!!!!!!!

Vatapa é tudo de bom!!!

Sexta-feira de páscoa, estava dormindo no sofá quando o celular tocou... era Aglaé avisando que Cultura ia fazer uma moqueca com vatapá na casa de Madeira... putz! levantei num pulo e fui me arrumar...

Deu trabalho... fazer a massa, ralar a castanha, o amendoim e tudo mais... fez calo nas mãos... mas o resultado foi esse ai! MUITO BOM!!! Matei a saudade do gostinho especial da pimenta e azeite de dende!

Dia do Jornalista

Outro dia foi o dia do jornalista... fiquei de escrever alguma coisa e sempre deixava pra depois. Mas agora chegou o momento. Ser jornalista não é das coisas mais fáceis. Se alguém te perguntar "o que vai fazer nesta Páscoa" e vc responder que está de plantão, das duas uma: ou vc é médico e louco, ou jornalista e ainda mais louco! Lembro que o meu primeiro feriado trabalhando no jornal foi um dia de São João (o que, na Bahia, significa dançar forró!)... mas eu estava lá, jogado, numa redação acompanhado somente do espírito de Simões Filho (aquela foto pendurada na redação do A Tarde é assustadora!). Depois deste primeiro trauma, vieram 2 de Julho, 7 de Setembro, 12 de Outubro e Natal... todos os feriados cheios de trabalho. E isso foi só o começo!

Mas o que pouca gente descobre é o sentimento de se descobrir uma história, de conhecer um mundo especial e poder mostra-lo para o mundo. O que pouca gente sabe do jornalismo é das amizades que fazemos com os parceiros de aventura. O que pouca gente enxerga são as maravilhas da foto perfeita, do texto redondinho, da passagem zerada... quando a gente acerta, trabalhar no feriado, receber pouco, ouvir desaforo da fonte e do editor e tudo mais fica pequeno e a gente ter orgulho de dizer: sou jornalista.... como diria Gabriel Garcia Marquez... A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO!


Na foto, as crianças de Jenipapo, minha amiga Tassinha, Dona Loca e eu, tentando descobrir a história da pequena vila na Ilha de Marajó, em 2005

"Vou voltar, sei que ainda vou voltar..." - Será?!?!

Sempre me perguntam, quando me encontram em Salvador ou em São Paulo, se vou voltar quando terminar a pós... não sei bem porque me perguntam... porque querem saber uma coisa que só será concreta mesmo em novembro do ano que vem (2007). O que será que pensam quando eu digo: "não sei..." Bem vago, bem impreciso... porque não sei mesmo. São Paulo é um lugar mágico... tem várias coisas que me encantam (Bem Brasil, Sesc Pompeia, MAM, Ibirapuera, Av. Paulista, Conselheiro Crispiniano, Estação da Luz, feirinhas de antiguidades, sebos, sebos e mais sebos - só pra começar). Mas não são essas coisas que me fazem ficar num lugar. Geralmente vou pra onde meu nariz aponta, pra onde o coração chama... gosto muito de ser estrangeiro, de olhar como estrangeiro e em Salvador eu não tenho mais isso... e Salvador não merece um olhar banal, qualquer... merece um olhar estrangeiro. A cidade, as pessoas e tudo mais precisam ser visto com olhos de encantamento ou de horror, nunca um olhar acostumado, desgastado. Olhar de quem não olha não serve pra nada. Esta viagem em forma de texto está tomando um rumo interessante. Será que se as nossas cidades fossem como pastos, e nós tivéssemos que fazer rotação, a gente não seria mais rico, como a terra de quem cultiva desta forma? Fiquei pensando nisso agora e vou aproveitar pra dar um ponto final. Depois escrevo alguma coisa que faz sentido.