sexta-feira, 28 de março de 2003

O Amor que me leva

(Fábio Bito Teles - 28/03/2003)



Com um sopro leve e insistente

Sou levado mar a fora

E não há quem possa agora

Me fazer mudar de idéia, de repente



Me deixo conduzir contente

Por um vento com nome de senhora

E com essa mulher, não vejo a hora,

Terei uma conversa, frente-a-frente...



Que coragem pareço ter

Gritando aos ventos para encara-los

Será que os ponho pra correr?



Aqueles que chegaram a me conhecer

Sabem que vou obedece-los

Esses ventos que me dão forças pra viver...
Antes do texto que virá, uma série de indicações...



Maria Dolores (Lola) me indicou o blog de Cora Ronai que, por sua vez, indicava esse blog (Peace Blogs.org)...



quarta-feira, 26 de março de 2003

Well...

a semana vai acabando e tenho estado muito cansado, muito mesmo... dor nas costas, sonolência, nariz sempre meio gripado...

e tenho estado também muito feliz... pq não tenho feito nada "por fazer"... meus dias estão cheios de compromissos que me dão prazer...

estudar comunicação é bom... trabalhar com comunicação é tudibom... e se comunicar de fato "é melhor que pão de queijo...".

Amanhã lanço no mar um texto especial, pra alguém especial...

vale a pena esperar por mim... e como vale!!!
Essa história de estar apaixonado, meio largado nessa ilha deserta, à espera da minha salvação, me fez lembrar daquele vendedor de pílulas contra a sede, do "Pequeno Príncipe". Esperar é perda de tempo??? Não mesmo!!!



XXIII



- Bom dia, disse o principezinho.



- Bom dia, disse o vendedor.



Era um vendedor de pílulas aperfeiçoadas eu aplacavam a sede. Toma-se uma por semana e não é mais preciso beber.



- Por que vendes isso? perguntou o principezinho.



- É uma grande economia de tempo, disse o vendedor. Os peritos calcularam. A gente ganha cinqüenta e três minutos por semana.



- E o que se faz, então, com os cinqüenta e três minutos?



- O que a gente quiser...



"Eu, pensou o principezinho, se tivesse cinqüenta e três minutos para gastar, iria caminhando passo a passo, mãos no bolso, na direção de uma fonte..."






Bem... 6 mil visitas não é nenhum recorde mundial em visitas, sei disso, mas é significante, né? Pois é! Eu fui meu visitante 6000 mas mesmo assim vou escrever um presente pra todo mundo. Sei que minhas palavras não valem muita coisa (para algumas pessoas até que valem!)... mas como sou eu o senhor dessas garrafas, coloconelas as mensagens que eu quiser... ehehheh...

sábado, 22 de março de 2003

Ela acabara de conhecer aquele homem jovem, de olhar diferente. Ela se encantou com aquele olhar profundo, conhecedor do mundo, seguro de si. Era estranho conversar com ele. Tudo que falava parecia tão certo que as frases não tinham respostas. Bastavam-se por elas próprias. Quando se calava, seus olhos vidrados e suspensos passavam a sensação de já saber de tudo aquilo e de que aquelas idéias eram todas simples e inúteis demais.



A verdade é que sabia de tudo um pouco mesmo. Tinha uma memória aguçada e uma imaginação prodigiosa. Era curioso. Não tinha a intenção de parecer daquele jeito, mas era inevitável.



Uma pessoa tão sapiente, tão entendida, passava de interessante a insuportável depois de dois dias de conversas. Ela se desencantou com a mesma ligeireza com que havia se interessado por ele.



Ele não entendeu, de fato, o sumiço repentino da moça, mas manteve a aura tão tranqüila que parecia ter entendido. Isso despertou uma raiva naquela menina que de desinteressada passou a inimiga mortal porque pensou que era despeito do rapaz. Ela rezou para que ele morresse engolindo tanta sabedoria sem saber que não existia sabedoria e que ele fatalmente morreria por engoli-la.



Não imaginava ela que o fim estava tão próximo.



Numa noite, passeando pela calçada de uma avenida tranqüila do centro, viu dois homens encostados num muro. Não se abateu, olhou para frente e passou por eles deixando na atmosfera o seu ar sábio que contaminou os pensamentos dos dois. Assustados, assim que o rapaz passou deram-lhe dois tiros na cabeça e correram como se fugissem da verdade que escondiam.



A morte foi rápida e os olhos arregalados impressionavam os curiosos que passavam. Acreditavam que aquela profundidade não era apenas o resultado da visão da face da morte, mas também do reconhecimento de que tudo aquilo era a coisa mais elementar do mundo.

quarta-feira, 19 de março de 2003

bem...

tudo bem mas já esteve melhor! ando meio preocupado mas não há de ser nada...

vim aqui pra comentar uma coisa, ou melhor, duas!!!



Uma é que enquanto esse pessoal achar que eu sou um expert em blogs eu vou continuar a dar uma de expert em blogs... ehheh... tantos layouts pra fazer ainda não me deixam louco, apenas um pouco confuso, buscando criatividade e conseguindo não sei onde!!!



Outra coisa deixa pra lá, falo depois... ainda hoje mando outra "garrafa" com uma mensagem de verdade!

domingo, 16 de março de 2003

Irmã Lua,



Desde o último eclipse não nos encontramos mas tenho te acompanhado. Te vejo tão perfeita nas noites estreladas, que você ilumina.



Algumas vezes penso "porque Deus nos colocou distantes assim?" Eu trocaria essa minha posição de estrela maior, mais poderosa desse sitema, pra ser um pontinho insignificante na noite, na sua noite. Porque à noite estaria contigo sempre. Não quero tornar nossas posições opostas até porque acho lindo o espetáculo que damos juntos, quando você reflete a luz que mando pra ti... e o mundo, e os apaixonados, e os namorados e os lobos se esbaldam com tudo aquilo.



Apenas sinto, nessas vezes em que gostaria de ser sua estrela e não "a estrela", que meu brilho, mesmo pequenininho, faria mais sentido, meu calor seria mais completo, mais pleno.



Ah! Irmã, porqe as coisas são tão difíceis? Não são difíceis de aguentar, queria deixar claro. São difíceis de mudar, de transformar. Como aprendi, posso esperar por 50 anos seguidos, alvorada por alvorada, arrebol por arrebol, até um próximo eclipse. E espero, desejando do fundo do coração, fazer do dia a noite, dos dois luzeiros um só luzeiro... e sei que é complicado, mas não é impossível, eu acho!!!



Muita luz...



Irmão Sol

sexta-feira, 14 de março de 2003

Bem... um dia longo, cansativo, mas recheado de boas (e saudosas) companhias...

É sempre bom rever e poder conversar com os amigos, principalmente aqueles distantes.

Tá ai uma coisa que tenho certa na cabeça: amizade é para sempre!!! Porque sempre que encontro um amigo, depois de 5 minutos ou 5 anos, sinto aquela alegria tomar meu corpo, sinto um sorriso radiante e um brilho recíproco no olhar... isso é bem legal!!!

Ter conversado com Cris, Tia Denise, Carol e Tina hoje me fez bem, muito bem! Poxa, imaginem num só dia encontrar com gente (sem combinar) que vc não fala ha meses e vc perceber que o tempo, apesar de afastar os corpos, deu aos corações um presente: matar a saudade!!!

pois é... matar a saudade é bom demais!!!

quarta-feira, 12 de março de 2003

No domingo de carnaval eu dei uma passada no Campo Grande e fiz algumas fotos...

Nada de especial, nem dinheiro eu ganhei... heheh... mas meus "clics" me deixaram muito feliz... coloco aqui alguns desses "clics"...















As fotos de Ivetão, Sheila e outros famosos eu nem vou colocar pq não são muito interessantes...

domingo, 9 de março de 2003

Passei um tempão (umas duas horas) procurando um texto pra colocar aqui hoje... procurei na cabeça, no caderno, no computador... mas nada surgiu e nada que já tinha surgido me interessou...

É tempo de parar pra refletir... até pq esse negocio de colocar qualquer merda na internet não tá com nada!!!

quinta-feira, 6 de março de 2003

Já era sabido, já era esperado mas, ou melhor, até por isso, eu não acreditava. Conheci alguém especial.



Sintonia, encantamento, beleza, alegria, mistério... tudo o que sonho e me atrai jogado num só corpo. Olhos lanceados e misteriosos. Belíssimos. Rosto arredondado, com linhas finas no nariz. Lábios nem finos nem grossos, doces... sorriso fácil, radiante. Cabelo pouco abaixo dos ombros, num vermelho escuro, cor do amor. Mãos delicadas e firmes, seguras, dois anéis prateados. Altura do meu coração.



Percebo os defeitos sublimados após cada sorriso. Sinto espinhos ensaiarem espetadas e recuarem em seguida, sem machucar.



Sinto um ser completo, esperto e repleto de tudo o que há de mais lindo: espírito criativo, espírito santo e alma colorida.

Consegui um tempinho na net daqui da Ilha...vou tentar escrever alguma coisa especial diante de toda essa maravilha...

Só devo voltar pra realidade no domingo, mas estarei por aqui pela net... sempre que puder!

terça-feira, 4 de março de 2003

Florbela no Releituras



Meus passeios pela net geram bons frutos... navegar (ou estar à deriva, no meu caso) me causa ansiedade e tenho surpresas legais como essa...

depois de publicar uma poesia dela mais cedo, acabo de encontrar uma outra num dos sites que mais gosto... acho que é o Universo com essa história de conspiração de que tanto falam...



A poesia abaixo eu mandaria pra alguem se tivesse coragem suficiente de "bulir em castelo de cartas"...

segunda-feira, 3 de março de 2003

Desde ontem comecei a publicar umas coisas que escrevi em Janeiro... mas comecei de do fim... depois do texto de 31 de Janeiro, coloco um do dia 01 de Janeiro, lá por volta de 2 horas da manhã, na beira da praia... verídico!



Naquela época do ano era quando ele ficava mais confuso. Reveillon nunca foi uma festa feliz porque ele nunca comemorava a chegada de um novo ano, mas sim o fim de um ano muito produtivo! Dessa vez não era diferente. Estava na praia, acompanhado mas sozinho, naturalmente. Depois dos abraços, do brinde, os grupos se formaram... três. Ele ficou solto. Percebei-se jogado no centro de um triangulo - não há lugar melhor pra refletir do que no centro do triangulo - e resolveu sentar-se.



O tempo estava fechado mas não chovia. Os fogos de artifício clareavam a areia e um vento forte, frio, soprava em alguma direção. Podia ouvir, sem entender, o que todos conversavam. Ele se entregou rapidamente numa reflexão própria, sem lógica, sem regras. Pensava na sua vida, em seus amigos. Pensava em sua solidão crônica, na sua carência. Uma tempestade formou-se na sua cabeça. O choro entalou na garganta, as lágrimas molharam os olhos mas não precipitaram. Doia estar tão sozinho. Doia a falta de um abraço longo, sem tempo de acabar. Doia a falta de alguem com ele, somente com ele naquele momento.



Precisava e pedia por um rumo. No início não tinha consciencia disso mas percebeu o quanto implorava por um sinal, uma direção. Ele, que já estava triste, ficou mal. Foi se afundando, sozinho, no centro do triangulo de grandes amigos. A cabeça pesava. Não conseguia levanta-la. A força que tinha, que lhe restava, era pra rogar pela misericordia de Deus.



Quando parou de ouvir as conversas, tambem parou de sentir o vento. Foi voltando do seu transe e esquecendo um pouco da dor. Vagarosamente, ergueu o olhar por sobre os joelhos e avistou, bem à sua frente, jogada no horizonte, a constelação mais conhecida e mais oportuna: o Cruzeiro do Sul.

sábado, 1 de março de 2003

Acredito no amor à primeira vista. E acredito porque acho que uma sintonia entre duas pessoas pode se estabelecer com os olhos. Acredito no amor à primeira vista porque, mesmo quando caio na real alguns dias depois, lembro das peripécias que o amor nos colocava desde o princípio.

Acredito num amor à primeira vista porque esse não se reveste de segundas ou terceiras intenções. Acho possível porque acredito no interesse da alma, em conjunto com os corpos.



Quanto à concretização de um amor à primeira vista à primeira vista... isso pode ser complicado!!! Pode ser doloroso. Sempre achei mais seguro, mais prudente, aguardar o tempo passar, fixar boas raízes e exercitar e alimentar o amor para que numa "segunda vista" tudo continue bem...



(original de 31/01/003)