quarta-feira, 26 de setembro de 2007

"No dia da festa dele, São Cosme quer caruru..."



O Caruru é uma das comidas mais populares da Bahia, tanto quanto o Acarajé e o Abará, por exemplo. Mas não é tão conhecida no restante do Brasil principalmente por causa do seu aspecto meio, digamos, estranho.

A tradição é de se fazer um Caruru (preparado com quiabo e váaaarios acompanhamentos) no dia 27 de setembro, dia dos santos gêmeos Cosme e Damião. No mesmo dia o candomblé festeja os Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Muita gente oferece também no dia 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, ou Iansã.

O fato é que Caruru é sinônimo de comemoração na Bahia. As pessoas abrem suas casas, enchem de enfeites e, a depender do que querem conseguir ou agradecer, usam 500, 700 ou até 1000 quiabos para cozinhar o prato. Quanto maior a quantidade de quiabos, maior a graça...

Tem gente que segue as tradições afro-brasileiras, com rituais de purificação, oferenda para sete crianças, e tem gente que só quer saber de colocar a comida no fogão. De um jeito ou de outro, algumas coisas não podem faltar no Caruru:



Caruru: é o principal. É feito com quiabo e azeite-de-dendê, camarão seco e outros temperos, com alho, cheiro verde e pimenta. Tem uma cara meio estranha, mas é uma delícia! Pode acreditar!



Vatapá: o mesmo que acompanha o acarajé. O vatapá é feito a base de pão, leite de coco e azeite de dendê. Acompanha também amendoim e castanha torrados Huuuum... maravilha!

Xinxim de galinha: é galinha, né? A diferença é que tem que ser ela toda, partida nas articulações, cozida com azeite-de-dendê, cebola, alho, camarão seco e amendoim torrado. É servido com Farofa d´água! UIA! Deu água na boca!



Feijão Fradinho: também feito com dendê...



Arroz “unidos venceremos”: Ta explicado! eh eh eh

Pipoca: bem, nem precisa explicar também, né? Só que não pode ser pipoca de microondas e, geralmente, é comida fria mesmo.

Geralmente tem também acarajé, cana-de-açúcar e outros doces.

Em São Paulo, sei que o restaurante Soteropolitano, na Rua Fidalga, 340, Vila Madalena, serve um Caruru no dia 27... mas o bom mesmo é ir para a terrinha e comer o caruru de lá, sentindo a brisa do mar e tudo que eu tenho direito...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Esse vale?

Post clone do meu blog no iG, o Hein Como Assim?!



Passeando perto do Largo da Batata, no fim da Av. Faria Lima, me deparei com esse cartaz. Minha primeira reação foi a de sacar a câmera e fazer a foto. Depois fiquei olhando... fiquei olhando... e não entendi nada!

Primeiro não entendi a mensagem! O que vem a ser "Trono assento judiciário Jesus"??? Não é um trecho de Salmo, não é um versículo da Bíblia. Seria uma poesia? Só se for Dadaista, né?

Outra coisa que eu não entendi foi esse lance da lei Cidade Limpa. Quer dizer... minha mãe sempre falou que "o que vale pra Chico, vale pra Francisco"... será que com religião é diferente? A prefeitura de Sampa só considera "sujeira" propaganda de produto? Sei não... eu, hein?

Mais sobre Cidade Limpa: AQUI

sábado, 8 de setembro de 2007

Feriado

O que faz um retirante num feriado em São Paulo? Bem... o que UM faz eu não sei, mas essa foto aí mostra o que pelo menos DOIS deles fizeram nesse Sete de Setembro. Eu e Nessa aproveitamos o dia de sol e fomos ao Parque do Ibirapuera (lotado, pra variar!) e aproveitamos para estudar um pouco, fazer um piquenique e namorar bastante... nessa mesma ordem... ehheeh...





Se eu tivesse trabalhando, teria entrevistado o fotógrafo de Polaroid (também baiano) que fez essa foto abaixo, bem no estilo "casal do Central Park"... vamos mandar pelo correio para nossas famílias e anunciar a união... eheheh... mas não tem graça... todo mundo já sabe :P

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Dia Mundial da Amazônia

É menino, hoje em dia eu moro na Selva de Pedra... mas há 2 anos eu vivia uma experiência maravilhosa na Selva de verdade... bem, não era exatamente uma "selva", mas era a Amazônia de qualquer forma. Como alguns de vocês já sabem, em 2005 me aventurei na Ilha de Marajó, no Pará, foz do Rio Amazônas.

Como amanhã (dia 05 de setembro) é o Dia Mundial da Amazônia, resolvi publicar algumas fotos que fiz por lá.

Jenipapo: a nossa experiência na Amazônia foi na pequena vila de Jenipapo, município de Santa Cruz do Arari, no centro da Ilha de Marajó. Fui com um grupo de amigos missionários para ajudar a montar uma brinquedoteca por lá e promover um espaço para as crianças brincarem. Foi maravilhoso! Para saber mais sobre a missão, clique aqui!


Redes: quem fala em Amazônia lembra de floresta mas lembra também de rio... as viagens pelo rio Amazônas, seus afluentes, seus igarapés, são incríveis e cansativas. Para chegar em Jenipapo foram 17 horas de barco, saindo de Belém. O povo pendura as redes onde dá e aí é só esperar chegar no destino... pode ser que o barco encalhe, pode ser que o leme quebre, pode ser que as águas se revoltem e a gente fica à mercê dessa ditadura... a "ditadura das águas", como escreveu Giovanne Gallo. (a foto acima é do meu amigo Pe. Li... na época ainda assinava Pe. Roberto Mesquita Ribeiro)


Manhãzinha: "todos os viajantes chegam a Polidres à noite, ansiando pelo espetáculo de cada amanhecer"... esse é um pequeno fragmento de um texto de Roberto Mesquita, amigo, fotógrafo e missionário, que reflete exatamente o que a gente pensa quando chega na Amazônia. O amanhecer é espetacular mesmo! Um show de cores e de sons!


Acabando: Para finalizar, um pôr-do-sol magnífico na bacia sedimentar da foz do Amazônas. Um pedacinho de terra que só fica sêco durante 4 meses no ano, cheio de búfalos, pegadas e sonhos. A foto é de minha amiga Tássia (hoje se aventurando na Bolívia) na estrada entre Janipapo e Santa Cruz.