segunda-feira, 15 de setembro de 2008

As ladeiras de São Paulo

Quem vem de Salvador carrega no fundo da alma a capacidade de entender as ladeiras. Ladeira da Montanha, Morro do Gato, Alto de Ondina, Pelourinho (na foto, pescada daqui), Subida do Cristo, Colina Sagrada... o prefixo pode mudar, mas tudo quer dizer que tem que ir pra cima e pra baixo, assim como é na vida, e não adianta tentar fugir.

Aqui em São Paulo essa história de ladeira parece estar mais difuso, perdido no meio de tanta poluição, trânsito, arte de rua, bairros, bairros e mais bairros. Veja bem... a Av. Brigadeiro Luis Antônio sobe um super-morro e chega à Paulista... mas nem parece... as ruas dos Jadins, em geral, são assim, apontando para a grande avenida lá em cima... mas não é a mesma coisa. E o retirante sente falta das ladeiras de verdade.

Esses dias fui pegar Tássia nos limites da Vila Madalena com Perdizes e Pompéia, lugar doido que só paulistano consegue determinar que bairro é exatamente, e me deparei com um pedacinho das ladeiras da Bahia na paulicéia.

Descendo a Apinajés em direção à Sumaré... aquela descida looooonga, sem pressa, que desenbocava lááááá longe e deopis subia quase até o céu. Salvador é assim mesmo. Com direito a árvores, bicicletas e, na maioria das vezes, poucos carros. Sim... aqui dá pra matar a saudade!

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