terça-feira, 31 de março de 2009

Pituaçu é do Bahia

Mais das minhas fotos aqui!

Estive doente. Muito doente, diga-se de passagem. Por isso não tive a oportunidade de contar aqui como foi a experiência de matar a saudade do Bahia no Ba-Vice. Desde Corinthians 0 x 1 Bahia pela série B do ano passado que eu não via o tricolor no estádio.



E foi emocionante demais. Primeiro, aquele clima de festa... uma multidão azul-vermelha e branca invadindo Pituaço. Eu que estudei Educação Física na Católica estava ansioso por encontrar o estádio reformadinho, como o Bahia merece.



Lembrei logo das aulas de Atletismo de Barbosinha que dizia: "Papagaio se pega pelo pé" (tinha até questão na prova com essa e outras expressões profundas).



Para entrar com o ingresso comprado pela internet, uma confusão infernal. Não me lembro de ter passado um aperto desse. Nem no metrô de São Paulo, nem no meio da torcida do Curintia. Uma falta de organização e respeito de todos os lados. E é esse povo que quer receber uma Copa do Mundo. Não dá pra acreditar.



Mas foi só passar pela "barreira", passar meu cartão de crédito na catraca e ver que, sem dúvidas, Pituaçu é do Bahia! Tava todo mundo lá... todo mundo que ia pra Fonte, vai pra Pituaço!



Os mesmos caras muito doidos. Os mesmos apaixonados pelo Bahia. As mesmas mulheres e crianças.



Tinha também gente com camisa de outros times, como Botafogo, São Paulo, Palmeiras... mostrando que tolerância é uma coisa que ainda existe na Bahia... já na torcida do Corinthians, isso parece que nunca existiu. Vergonha deles.



Senti orgulho ao ver as duas torcidas sairem do estádio juntas, sem confusão generalizada. Ver os brotheres com camisa dos rivais se abraçando, discutindo o jogo, se provocando de forma saudável. Não sei dizer se houve conflitos entre as organizadas. Mas tem gente de paz nos estádios de Salvador. Isso tem.



Matei a saudade de gritar "time de puta". Matei a saudade de gritar "Bahêa, Bahêa, Bahêa"... matei a saudade de ver como meu time e minha torcida são tão superiores ao rival, insignificante clube de regatas que ainda insiste em jogar futebol.



Matei a saudade de ser tricolor.

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