quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006


Dia de Iemanjá numa terra sem mar... é meio estranho pra mim. Não que eu seja um devoto da rainha das águas... mas é que me acostumei tanto a sair para fotografar a festa do Rio Vermelho, as baianas, as flores e os presentes no dia 2 de fevereiro que ainda é difícil assimilar.

Iemanjá tem um poder indescritível sobre Salvador... as ruas ficam diferentes, as pessoas ficam diferentes.

Lembro de uma história da minha infancia que, coincidencia ou não, é pra deixar os mais céticos atentos. Tínhamos uma lancha na família e costumávamos acompanhar a procissão de entrega do presente para Iemanjá. Meu avô, numa dessas idas, levou uma pedra enrolada num papel de sabonete e um bilhete esculhambando a orixá... quando o "presente" caiu na água, o motor da lancha parou e não funcionou de jeito nenhum... ficamos no meio da Baia de Todos os Santos, esperando um reboque...

Depois desse dia, passei a respeitar um pouco mais a energia que vem das águas e, sempre que pude, joguei minha flor nas ondas no dia 2... só por desencargo de consciência... ;)

Nenhum comentário: